Gerar renda passiva a partir dos seus investimentos é o grande sonho de muitos investidores. Porém, nem todo mundo sabe como alcançar esse objetivo. Existem várias maneiras de fazer isso, como, por exemplo, por meio de investimento em FIIs, dividendos de ações e títulos de renda fixa.
Neste artigo, vamos explicar como elaborar uma estratégia de investimento focada na renda passiva: quais são os ativos mais adequados de acordo com os seus objetivos financeiros e como diversificar a sua carteira para gerar uma renda recorrente. Confira!
Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.
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Principais ativos com foco em renda passiva

Há, no mercado financeiro, uma série de ativos em que se pode investir com o objetivo de gerar renda passiva recorrente. A seguir, serão apresentados os principais deles.
Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs)
Os fundos imobiliários são um tipo de investimento coletivo que aplica o capital dos investidores em ativos do mercado imobiliário. O investimento em FIIs é uma das formas mais eficazes de gerar renda passiva, já que esses fundos são obrigados por lei a distribuir, semestralmente, pelo menos 95% do lucro obtido na forma de caixa, ou seja, o resultado efetivo das receitas menos despesas operacionais.
Embora a obrigatoriedade legal seja semestral, a maioria dos FIIs realiza os pagamentos de forma mensal, por costume do mercado.
Existem três principais tipos de FIIs no mercado: os fundos de tijolo, que investem na exploração de imóveis físicos (lajes corporativas, shoppings, galpões logísticos etc.), os fundos de papel, que investem em títulos de renda fixa do setor imobiliário (como CRIs e LCIs), e os fundos de fundos, que investem em cotas de outros FIIs.
As cotas de FIIs são negociadas na Bolsa de Valores. Por isso, estão sujeitas às variações de preço do mercado financeiro, motivo pelo qual esse tipo de investimento é considerado de renda variável.
Ações
Também é possível gerar renda passiva investindo em ações de empresas, mediante pagamento de dividendos. Afinal, de acordo com a Lei das Sociedades por Ações, toda empresa de capital aberto é obrigada a distribuir parte dos seus lucros entre os acionistas periodicamente. Essa distribuição, no entanto, depende da política definida no estatuto social da empresa, e pode ser ajustada ou até mesmo suspensa em casos excepcionais, mediante aprovação dos acionistas.

O percentual dos dividendos pagos e a periodicidade são estabelecidos pelas próprias companhias, e cada uma conta com uma política de distribuição de dividendos distinta. Tudo depende da realização do lucro da empresa.
Por isso, antes de investir, é importante fazer uma boa análise fundamentalista para avaliar a saúde financeira da companhia cujas ações se pretende comprar, suas condições econômicas, os resultados anteriores, a expectativa para o futuro, entre outros fatores. Também vale a pena pesquisar se a empresa em questão é uma boa pagadora de dividendos.
Títulos de renda fixa
Por fim, também é possível gerar renda passiva investindo em títulos de renda fixa, que oferecem maior previsibilidade, estabilidade e segurança aos investidores. Trata-se de títulos de dívida emitidos por empresas ou pelo governo.
Ao investir neles, na prática, o investidor está emprestando dinheiro ao emissor do título. Em troca, recebe o valor investido somado a uma taxa de juros predefinida no vencimento da aplicação. E alguns desses títulos oferecem o pagamento de juros antecipados periodicamente.
O Tesouro Prefixado com juros semestrais, emitido pelo governo brasileiro, é um exemplo de título que paga juros periodicamente aos investidores. No caso, a rentabilidade previamente combinada é adiantada a cada seis meses.
Outro exemplo de título de renda fixa que paga juros periódicos aos investidores são alguns CDBs (certificados de depósito bancário). Portanto, ao investir em algum desses títulos, é possível receber renda passiva de forma regular, sem necessariamente recorrer aos investimentos de renda variável.
Como diversificar e gerar renda passiva sem complicação?

Uma estratégia que se mostra bastante eficaz é combinar diferentes ativos a fim de diversificar a carteira sem aumentar a complexidade da gestão. Uma alternativa é mesclar títulos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Prefixado, com ações que pagam dividendos. Ou, se preferir, com cotas de FIIs. Ou, ainda, montar um portfólio que combine todas essas opções.
Vale lembrar que, na hora de montar uma carteira com foco na renda passiva, é importante levar em conta o perfil de investidor. No caso de investidores mais conservadores, é interessante priorizar os títulos de renda fixa, que são mais seguros e previsíveis. Já no caso de investidores de perfil moderado ou arrojado, é possível alocar uma parte maior do capital nos investimentos de renda variável, sejam FIIs, sejam ações.